SESSÃO DE ABERTURA MANIFesta’18
Intervenção de Marco Domingues,
Presidente da Animar – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Começo por cumprimentar o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Penacova, Dr. Umberto Oliveira, o Sr. Presidente do Instituto da Segurança Social, Dr. Rui Fiolhais, o Sr. Presidente da CASES, Dr. Eduardo Graça, Sras e Srs, vereadores/as, estimadas e estimados representantes das organizações da rede Animar, da sociedade civil e públicas, demais organizações e pessoas aqui presentes.
A Animar – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local, foi constituída em 1993 por um grupo de organizações sociais e por cidadãs e cidadãos, que se encontravam em territórios geograficamente marginalizados à época, e que junto do poder local, reivindicavam respostas para os seus problemas, gerando respostas em parceria entre o poder local e a sociedade civil organizada. Atualmente e passados 25 anos de história, e de um património humano ímpar construído com fortes e afetivas relações humanas com um objetivo comum, tal como afirmava um dos seus fundadores, o Prof. José Portela, “tinham a vontade de mudar o mundo a partir do chão”, essa vontade perdurou e foi sendo construída com ação sustentada e sustentável um pouco por todo o país na resposta aos vários desafios sociais, económicos, ambientais, culturais e políticos.
A Animar tornou-se assim, uma das entidades do movimento associativo de cúpula da Economia Social, uma rede ímpar de organizações sociais, constituída por entidades coletivas, associações, cooperativas, fundações, mas também por vários agentes de desenvolvimento em nome individual, tais como autarcas e ex-autarcas, académicos e empreendedores/as, encontrando-se representada pelo seu universo de associados em 80% do território nacional, o que demonstra o contributo inestimável para o desenvolvimento das suas comunidades locais e do nosso país. Na rede Animar encontram-se 120 organizações, que entre si contemplam mais de 300 projetos que ajudaram a criar/manter um elevado número de postos de trabalho. São números que representam uma família do setor da Economia Social, e que se encontra em estreita parceria com o estado, nomeadamente através, da sua representação nos órgãos sociais da CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, e no CNES – Conselho Nacional para a Economia Social, tendo agora e também sido recentemente eleita, no passado 8 de Outubro, enquanto Vice-Presidente da Direção da CPES – Confederação Portuguesa da Economia Social, a maior organização económica e social do pais, que criou um espaço de diálogo e de ação cooperativa das entidades mais representativas deste setor relevante para a coesão social e territorial em Portugal. A economia social, tal como sublinhado na Resolução do Parlamento Europeu, de 19 de Fevereiro de 2009, «alia a rentabilidade e solidariedade, desempenhando um papel essencial na economia europeia, criando empregos de elevada qualidade, reforçando a coesão social, económica e regional, gerando capital social, promovendo a cidadania ativa, a solidariedade e uma economia com valores democráticos que coloca as pessoas em primeiro lugar, para além de apoiar o desenvolvimento sustentável, a inovação social, ambiental e tecnológica». Ouso afirmar, que uma boa parte das instituições de economia social atuais, surgem e surgiram de dinâmicas de desenvolvimento local, e realço, que o que tantas vezes é instituído nos territórios através de políticas publicas promotoras da coesão social e territorial, surgem, e são experimentadas e validadas, através da capacidade de inovação singular das organizações que promovem o desenvolvimento local. O “DESENVOLVIMENTO LOCAL é assim entendido pela a Animar como UM PROCESSO A PARTIR DA CIDADANIA ATIVA E PARTICIPATIVA DE UMA COMUNIDADE, NA PROCURA DA RESOLUÇÃO DOS SEUS PROBLEMAS OU PARA A ALAVANCAGEM DAS SUAS OPORTUNIDADES, QUE ATRAVÉS DE PARCERIAS construídas em DINAMICAS de REDE DE BASE HORIZONTAL, emancipatórias e PROMOTORAS DA IGUALDADE, CONTRIBUIEM PARA O DESENVOLVIMENTO EQUITATIVO E INTEGRAL DAS SUAS COMUNIDADES. As organizações do Desenvolvimento Local são as que mais inovam, as que mais lidam com a diversidade, e as que constroem as suas iniciativas através, com e para as suas comunidades. Daí, com toda a humildade, e com o justo reconhecimento pela oportunidade de servir esta rede com a minha direção e fantástica equipa, considero que a Animar é uma das organizações que maior capacidade tem de validar e implementar novas e exigentes respostas aos novos desafios sociais e societais.
E é com este património associativo e experiência coletiva com esta causa, que a organização da XII MANIFesta em parceria com a Câmara Municipal de Penacova, contou com o alto patrocínio de Sua Excelência, o Sr. Presidente da Republica, e com a parceria da União das Freguesias de Friúmes e Paradela, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, do Instituto Politécnico de Coimbra, da ASPEA – Associação Portuguesa de Educação Ambiental, e com o Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais, contando com os apoios da CASES, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e do Portugal Inovação Social, que se inicia neste momento a XII MANIFesta que terminará no domingo, dia em que será lançado o Dia Municipal para a Igualdade na Freguesia do Lorvão.
Este ano, associado à iniciativa da luta contra a pobreza e a exclusão social, as celebrações do Dia Municipal para a Igualdade decorrerão entre os dias 21 e 27 de outubro.
Porque acreditamos que o desenvolvimento é um processo coletivo, a Animar agradece a presença de todas e todos, a vossa participação, envolvimento e tal como o mote desta XII – edição da nos incita, “a vossa ação para o desenvolvimento”.
A TODAS e TODOS, EM NOME DA ASSOCIAÇÃO ANIMAR O NOSSO SINCERO BEM HAJA.