Cascais acolheu o X Encontro Intermunicipal de Voluntariado nos dias 7 e 8 de novembro

A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril foi palco da 10ª edição do Encontro Intermunicipal de Voluntariado, organizado pela Confederação Portuguesa de Voluntariado (CPV). Este evento anual teve como tema central “Voluntariado: As Próximas Gerações”, reunindo coordenadoras e coordenadores de voluntariado, voluntárias e voluntários, entidades e pessoas envolvidas na gestão de bancos locais de voluntariado.

O programa incluiu sessões dedicadas à partilha de experiências, identificação de desafios e formulação de estratégias para a promoção do voluntariado em diferentes contextos. O evento também destacou a importância do voluntariado para enfrentar desafios globais, como a sustentabilidade e a inclusão social, com o envolvimento ativo de jovens e das comunidades locais.

Com o apoio da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) e em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, Capital Portuguesa do Voluntariado 2024, o encontro reafirmou o compromisso de construir sociedades mais participativas, solidárias e justas, dando especial ênfase ao papel das próximas gerações na continuidade deste movimento essencial para o bem comum.

Discutiram-se ao longo dos dois dias que o voluntariado enfrentará nas próximas gerações, considerando tendências sociais, econômicas e tecnológicas, nomeadamente:

Atração e retenção de novas pessoas voluntárias. Com as mudanças nos valores das gerações mais jovens, como maior foco em experiências personalizadas e equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, será necessário criar modelos de voluntariado flexíveis e significativos.

Digitalização e novas tecnologias. A integração de ferramentas digitais, como plataformas online e inteligência artificial, pode facilitar a gestão de pessoas voluntárias, mas também pode alienar grupos que não têm acesso ou competências tecnológicas. O voluntariado prestado com base nas novas tecnologias é também uma excelente perspetiva para o futuro.

Envelhecimento da população voluntária. Em muitas comunidades, as pessoas voluntárias atuais pertencem a faixas etárias mais avançadas. O envelhecimento da população pode limitar a disponibilidade de voluntários e voluntárias, exigindo estratégias para mobilizar o mais rapidamente jovens.

Voluntariado corporativo. Com a crescente ênfase em responsabilidade social empresarial, haverá uma maior integração do voluntariado no ambiente corporativo. Isso pode trazer recursos e alcance, mas também pode alterar os valores tradicionais do voluntariado.

Inclusão e diversidade. Garantir que o voluntariado seja acessível para pessoas de diferentes origens socioeconômicas, culturas e capacidades será essencial para refletir a diversidade das comunidades.

Sustentabilidade das organizações de voluntariado. Muitas organizações enfrentam desafios financeiros para operar, especialmente em contextos de crise económica ou mudanças nas políticas públicas de financiamento.

Voluntariado em crises globais. Com o aumento das crises humanitárias, ambientais e de saúde, será necessário desenvolver respostas rápidas e coordenadas para mobilizar pessoas voluntárias de forma eficaz.

Reconhecimento e valorização do voluntariado. As novas gerações tendem a valorizar recompensas tangíveis, como certificações ou oportunidades de crescimento pessoal, tornando essencial o reconhecimento do impacto de quem faz voluntariado.

Conscientização sobre o impacto do voluntariado. A comunicação clara sobre os resultados do trabalho voluntário será crucial para atrair e conectar indivíduos que procuram um impacto social mensurável.

Mudança no foco do voluntariado. Questões como mudanças climáticas, desigualdades sociais e crises globais irão direcionar o voluntariado para novos desafios, exigindo inovação e adaptação.

Estes desafios representam tanto barreiras quanto oportunidades para transformar o voluntariado em um movimento mais inclusivo, eficaz e resiliente.

As visitas operacionalizadas no quadro do Encontro, foram de uma enorme mais valia para a partilha do que de melhor se faz em várias áreas em termos de voluntariado em Cascais. Foi ainda anunciado o Município de Gaia como a próxima entidade como Capital Portuguesa do Voluntariado em 2025.

A Animar reforça o compromisso com a promoção do voluntariado como ferramenta essencial para o desenvolvimento local e a coesão social.

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