No passado dia 31 de outubro fomos conhecer o trabalho desenvolvido pela ACTIVAR – Associação de Cooperação da Lousã no âmbito do turismo tendo em vista a promoção do território, dos seus produtos e serviços.

A Activar, criada na Lousã a 23 de fevereiro de 2000, é uma associação que pretende promover o desenvolvimento local do concelho da Lousã de uma forma integrada, sustentável e em cooperação com outras entidades, numa perspetiva de melhoria da qualidade de vida da população.

Para além do desenvolvimento de projetos de caráter social e cultural diversos nas áreas da infância, juventude, desenvolvimento social, formação profissional, a Activar tem também intervenção no domínio do desporto e do turismo de natureza, sendo inclusivamente uma entidade registada no Turismo de Portugal, IP.

Começámos o dia na Biblioteca Municipal da Lousã, onde a Fernanda Vaz e o José Gaspar, membros da equipa da Activar, nos acolheram e explicaram o que a Activar faz no domínio do turismo de base local ao nível da animação local, mas também ao nível da dinamização de estruturas de suporte à atividade turística.

Activar turismo, como é designada esta área de intervenção, dispõe de serviços de alojamento, através da gestão da Casa do Caminheiro, atividades de animação turística, nomeadamente caminhadasworkshops temáticos, bem como a exploração da Casa da Eira, um espaço de acolhimento a turistas criado em 2015, que fica situada na aldeia do Talasnal, pois na altura não existia nada na aldeia. Posteriormente já foi criado o restaurante da Ti Lena, que foi a última habitante da aldeia, e mais recentemente a Taberna. A Activar turismo dispõe de vários pacotes turísticos de 2 ou 3 dias.

Depois de um circuito pelo centro histórico da Lousã, visitámos o antigo Palácio da Viscondesa do Espinhal que atualmente alberga o Octant · Lousã, um hotel de charme que continua com a mesma apresentação e que tem potenciado a atração de novos públicos para o território. De seguida, subimos à Torre de Menagem do Castelo de Lousã, que tem associado a si a lenda da princesa Peralta e do rei Arunce, onde tivemos oportunidade de ver as aldeias históricas ou aldeias do Xisto, como são conhecidas, nomeadamente Candal, Casal Novo, Cerdeira, Chiqueiro, Talasnal, entre as quais existe uma rede de percursos pedestres, circuitos de BTT, trail e downhill e três praias fluviais distinguidas com bandeira azul (Senhora da Piedade, Senhora da Graça, Bogueira).

No Talasnal, visitámos a Casa do Caminheiro, um hostel com capacidade para alojamento de 10 pessoas, gerido pela Activar, e fizemos um percurso pela aldeia, na qual só habita um casal. Atualmente há mais de 50 camas em alojamento local na aldeia, o que também trouxe outras dificuldades de gestão, sobretudo ao nível da agua e saneamento, pois não haviam condições para o efeito. O processo de requalificação destes espaços e da criação desta oferta turística de base local evitou a ruína da aldeia. Por fim, foi destacado o impacto das visitas e consequente utilização de carros que, numa situação de incêndio, pode ser difícil de gerir face às infraestruturas existentes.

Devido à chuva, em Cerdeira, fizemos uma breve caminhada pela rua principal e passámos pelo restaurante Sabores da Aldeia, que dispõe de uma oferta de produtos gastronómicos e artesanato local.

Para quem participou nesta visita, foi evidente o forte contributo desta associação de desenvolvimento local para a criação de produtos e serviços no âmbito do turismo.

A próxima visita será no dia 28 de novembro, a Aljezur, para conhecer o trabalho levado a cabo pela Vicentina.

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